DEFININDO A PRÓPRIA IDENTIDADE
19 de September de 2019Zach Williams – No Longer Slaves
20 de September de 2019“Adão gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem.” Gêneses 5:3.
O nosso Pai é amoroso, presente e amigo, e são estas e outras qualidades que Ele espera que possamos reproduzir. É uma particularidade que todos os pais devem desenvolver; a de em suas ações pensar que haverá a quem deixar algo de bom que fez. Deus pensou assim e fez! Deus cuida de nós de modo singular, Ele não nos trata de maneira impessoal, distante ou indiferente.
Foi assim que Deus criou e cuidou de Adão, artesanalmente, com suas próprias mãos, seu sopro, e com apurado desejo de amor. Todos os dias, Ele, pessoalmente, descia ao Jardim para educá-lo e preencher todas as suas necessidades. Após um período, Adão formou a sua família. Nesta passagem acima (Gn 5:3), conta que ele gerou um filho com todas as suas similaridades. Este texto se restringe ao gênero e não à personalidade e todos os inumeráveis fatores que compõe a complexa existência de um ser humano, masculino ou feminino. Estamos falando de filhos! Por mais que eles herdem os traços genéticos, dentro há uma alma que pode ser totalmente oposta a dos pais. Sete (compensação) com certeza, veio para contrabalancear o impacto do mundo fora do Jardim. Adão precisava de compensação como todo ser humano.
Quando ouço pregadores falando sobre Adão, na maioria escuto críticas pela sua conduta; marido ausente, pai relapso etc. Porém, e se fosse você, agiria diferente? Provavelmente não. Adão não tinha todas as repostas, porque era um ser humano, antes e depois da queda. Deus confere a Adão a honrosa participação na obra divina, a de transmitir vida, ser pai. Quando um filho nasce, temos, talvez, uma faísca daquela alegria e satisfação que Deus sentiu descrita em Gêneses 1:31.
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.”
A paternidade não se restringe a apenas em dar um sobrenome, alimentar, dar vacinas, escola e deixar herança. Mesmo com toda a correria do dia-a-dia, não podemos deixar algumas tarefas terceirizadas. E ser pai, a principal de todas, deve ser feita de modo artesanal, como Deus fez e faz conosco. Quando participamos da criação, gerando vida, nos realizamos por aderir à missão de Deus. Pois somos preenchidos por realizar os anseios que tínhamos na infância, quando éramos pequenos e desejávamos nos tornar grandes, adultos. É na paternidade que se revela o mistério da masculinidade, o aspecto gerador do seu corpo. E este processo não termina quando geramos uma nova vida, porém se estende por toda a formação deste novo ser e até novas gerações.
Uma grande modificação ocorre quando nós permitimos! A cada fase, na condição de pai, nós temos a oportunidade de experimentar e entender a paternidade de Deus.
1) Deus mostra essa paternidade pela atitude de cuidar de nossa necessidade, pela adoção que nos atribui:
“Eu serei o pai de vocês, e vocês serão meus filhos e minhas filhas.” (2 Coríntios 6:18. NTLH).
2) A paternidade de Deus é comprovada em Sua infinita misericórdia, pois Ele perdoa todos os nossos pecados.
“Mas, sim, sou aquele que resolve o problema dos pecados de vocês – é o que faço. Não guardo a lista dos seus pecados.” (Isaías 43:25. A Mensagem)
3) Nosso Pai aplica a sua correção em nós, isto é, nos verdadeiros filhos. Não vemos um pai se empenhar e se responsabilizar na empreitada de corrigir os filhos de outro pai. Mas Deus tem esta preocupação, porque pertencemos a Ele, a de nos libertar da rebeldia através da correção, este é um aspecto importante da paternidade.
“Mas, se estais sem orientação, da qual todos se têm tornado participantes, então não sois filhos legítimos, mas bastardos.” (Hebreus 12:8. NV Transformadora)
4) Nosso Pai inculca os valores eternos nos seus filhos, estes valores são avessos ao veneno da cultura dos espólios. Na paternidade de Deus o direito de ter coisas impõe uma cláusula ignorada. Somos ensinados que herdamos também uma cruz, algum tipo de sofrimento por sermos filhos de quem foi recusado e odiado pelo mundo. Por isso nós também seremos rejeitados a até odiados por sermos filhos de Deus. Contudo a herança são tesouros eternos, e são incalculavelmente maiores que podemos supor.
“Nós somos seus filhos, e por isso receberemos as bênçãos que ele guarda para o seu povo, e também receberemos com Cristo aquilo que Deus tem guardado para ele. Porque, se tomamos parte nos sofrimentos de Cristo, também tomaremos parte na sua glória.” (Romanos 8:17. NTLH.)
É desta forma que Ele nos trata, porque foi seu desejo e busca, foi a sua iniciativa que nos tornou filhos. Amoroso, fiel, interessado, presente, amigo, defensor, disposto a perdoar livremente. Ele ainda está moldando com as suas próprias mãos, fôlego e amor as nossas vidas. Deus faz isso, dentro e fora, de modo artesanal. Nunca nos abandonará, aos filhos legítimos jamais dirá: não são meus! Alguns têm a Deus como pai, mas isto nunca foi o seu modelo de relacionamento, nós temos um Pai que é Deus. Esta é a compreensão que Ele espera que alcancemos. Sua paternidade prova isto, sim, da forma que nos amou violentamente na cruz. Comece a conhecer mais da Paternidade de Deus através de um relacionamento de confiança, no cotidiano, em cada hora, em cada minuto.
Por: Ricardo Corrêa