Oportunidades
31 de December de 2015Livro: Simplifique
4 de January de 2016“De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão (Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.); não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado. Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo e eis que vivemos; como castigados e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo. Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disso (falo como a filhos), dilatai-vos também vós” (2 Coríntios 5.20-6.13).
Deixe-me contar para vocês já de início qual é o ponto principal deste texto. O ponto principal é esse: o que o mundo necessita da igreja é a nossa alegria invencível em Jesus no meio do sofrimento e da aflição.
Eu vou dizer isso de novo: o que o mundo necessita da igreja é a nossa alegria invencível em Jesus no meio do sofrimento e da aflição.
Permitindo Que Os Sofredores Saibam Que Já Sofremos Também
Chamo esse texto de “Contristados, Mas Sempre Alegres”. Aqui está o que eu escrevi para os líderes de louvor para lhes dar um aroma de onde eu queria chegar com esta mensagem:
“Eu acredito que por essas décadas esse tema e esse espírito nos têm marcado profundamente. Somos um povo feliz. Mas não somos o que você pode chamar de “oba-oba”. Há uma tensão melancólica na sinfonia das nossa vidas. Eu penso que Jesus era o homem mais feliz que já viveu. E, oh, quão contristado! Um homem de dores e que sabe o que é padecer.
A nossa música mais emblemática talvez seja “Sou Feliz Com Jesus”. Penso que seria uma boa música para encerrar o culto. Deus te abençoa e te guia quando você faz um culto alegre, que faz com que todos que estão sofrendo saibam que nós já passamos por aquilo.“
Sem Joguinhos Na Adoração Coletiva
Tenho tentado nesses trinta e três anos e meio liderar a equipe, os presbíteros e você na experiência de, mesmo contristado, estar sempre alegre. Eu volto consternado de cultos que são tratados como programas de entretenimento de rádio onde tudo soa como tagarelice e brincadeira; tudo é animado e projetado para fazer as pessoas se sentirem despreocupadas, brincalhonas e vigorosas. Eu olho para essas reuniões e digo para mim mesmo: você não sabe que há pessoas sentadas lá morrendo de câncer, cujo casamento é um inferno, cujos filhos destruíram seus corações, que estão paupérrimas, que perderam o emprego, que estão solitárias, amedrontadas, mal-entendidas e deprimidas? E você vai tentar criar uma atmosfera de adoração, de oba-oba, travessa, despreocupada, brincalhona e divertida?
E, claro, haverá aqueles que me ouvem dizer isso e falam: Ah, então você pensa que o que essas pessoas necessitam é de uma atmosfera taciturna, sombria, calada, escura e pesada de solenidade?
Não. O que eles precisam é ver e sentir a alegria invencível em Jesus no meio do sofrimento e da aflição. “Contristados, mas sempre alegres”. Eles precisam provar que esse pessoal de igreja não está brincando de joguinhos aqui. Eles não estão usando a religião como uma plataforma para aquela velha e artificial autoajuda que o mundo oferece todos os dias. Eles precisam da grandeza e majestade de Deus sobre suas cabeças, como galáxias de esperança. Eles precisam do insondável Cristo crucificado e ressurreto abraçando-os em amor com sua face e mãos ensanguentadas. E eles precisam do rochedo profundo e sólido da Palavra de Deus debaixo de seus pés.
A Rocha Profunda da Palavra de Deus
Eles precisam nos ouvir cantar com todo o nosso coração e alma:
Vós, santos temerosos, tomai alento;
As tantas nuvens que vos fazem recear
São misericórdias que do firmamento
As vossas vidas haverão de abençoar.
Seus propósitos logo amadurecerão,
Vão se revelando mais a cada hora;
Amargo será o gosto de seu botão,
Mas doce será a sua flor na aurora.
Eles precisam ouvir a alegria invencível na aflição enquanto cantamos:
A sua graça é mui real,
Abrigo traz no temporal.
Ao vir cercar-me a tentação,
Me fortalece a sua mão.
Se você me perguntar: o mundo não precisa ver crentes como sendo felizes a fim de saberem a verdade da nossa fé e serem levadas ao grande Salvador? Minha resposta é sim, sim, sim. E eles precisam ver que a nossa alegria é a invencível obra de Cristo no meio do nosso pesar — um pesar mais profundo do que o que eles percebem que vivemos diariamente. Eles precisam ver os “contristados, mas sempre alegres”.
Então vamos colocar um pouco daquela rocha sob os nossos pés agora – a rocha da palavra de Deus. O que John Piper ou Jason Meyer pensam não conta em comparação com o que Deus pensa. Então, vamos à Bíblia para ver se essas coisas são, de fato, assim.
O Motivo De Enfatizar “Do Que O Mundo Necessita”
Nós focaremos em 2 Coríntios 6:3-10. Por que eu coloquei a ênfase no que o mundo necessita? Por que eu enquadrei o ponto principal do sermão como: o que o mundo necessita da igreja é a nossa alegria invencível em Jesus no meio do sofrimento e da aflição? A resposta está nos versos 3 e 4. Paulo diz: “não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado. Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo.”
Em outras palavras, Paulo está dizendo: o que eu estou prestes a fazer nesse capítulo é remover os escândalos, que são obstáculos para a fé, e recomendar o nosso ministério — nossa vida e mensagem. Ele quer que a igreja em Corinto, e no mundo, não o descarte, não se afaste dele, não se engane sobre quem ele é, o que ensina e quem ele representa. Ele quer ganhá-los. Se você quer usar a linguagem daqueles que se animam a ganhar almas, veja como ele faz isso.
Um Apóstolo Que Buscava Ganhar Almas
É maravilhoso o que ele faz aqui. Muitos dos habilidosos comunicadores de crescimento de igreja não teriam capacidade para esse tipo de remoção de obstáculos e recomendação do cristianismo. De fato, alguns talvez diriam: Paulo, você não está removendo obstáculos; você está criando obstáculos. Então, vamos observar Paulo remover os obstáculos e recomendar seu ministério. É disto que o mundo necessita, diz ele, efetivamente.
Ele faz isso em três passos: ele descreve os sofrimentos que suporta; ele descreve o caráter que tenta mostrar; e ele descreve os paradoxos da vida cristã.
Os Sofrimentos Que Ele Suporta
Primeiro, ele descreve os sofrimentos que ele suporta por causa de Cristo (2 Coríntios 6:3-5):
Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado. Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns.
Então pergunte a si mesmo: como isto remove obstáculos? Como isto recomenda o seu ministério? Por que isto não é fazer as pessoas se afastarem, mas, sim, trazê-las para perto?
O Caráter Que Ele Mostra
Segundo, ele descreve o caráter que ele tenta mostrar (2 Coríntios 6:6-7):
. . . na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, [provavelmente a espada do Espírito na mão direita e o escudo da fé na esquerda, Efésios 6:16-17].
Então, em vez de ficar magoado, frustrado, irado e ressentido por todas as aflições, dificuldades, calamidades, obrigações e noites sem dormir, pela graça de Deus, Paulo mostrou paciência, bondade e amor. O espírito dele não foi quebrantado pela dor do seu ministério. No Espírito Santo, ele encontrou forças para dar e não murmurar. Para ser paciente no ritmo de Deus, em vez de ter pena de si mesmo. Para ser bondoso com as pessoas, em vez de descontar sua raiva nelas.
Os Paradoxos Da Vida Cristã
E terceiro, Paulo descreve os paradoxos da vida cristã (2 Coríntios 6:8-10):
. . . por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo e eis que vivemos; como castigados e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo.
Quando você anda na luz e ministra no poder do Espírito Santo, e fala a verdade em “pureza, ciência, longanimidade, benignidade e amor”, algumas pessoas irão honrá-lo e outras irão desonrá-lo (verso 8a); alguns vão difamá-lo e alguns vão elogiá-lo (verso 8b). E essa desonra e infâmia podem vir na forma de chamá-lo de impostor (verso 8c). Você não é verdadeiro. Você é apenas um religioso hipócrita.
Lembre-se que Jesus disse: “Ai de vós quando todos os homens falarem bem de vós, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas!” (Lucas 6:26). Isto significa que, na cabeça de Paulo, esta recepção mista (alguns honrando e elogiando, outros desonrando e difamando) era parte de sua recomendação. Isto removeu o seguinte obstáculo: você não pode ser um profeta verdadeiro se todos falam bem de você.
Percepções Externas Contendo Alguma Verdade
Então, vêm seis paradoxos a mais. Se você não for cuidadoso, você pode entendê-los como se fosse Paulo corrigindo falsas percepções sobre os crentes, mas não é bem isso. Toda percepção exterior aqui tem verdade em si. Mas Paulo diz: o que você vê é verdade, mas não é a verdade inteira ou a verdade principal.
Verso 9a: Vocês nos vêem “como desconhecidos, mas sendo [e nós somos] bem conhecidos”. Sim, nós não somos ninguém no império romano. Um pequeno movimento seguindo um rei crucificado e ressurreto. Mas, oh, nós somos conhecidos por Deus e isso é o que conta (1 Coríntios 8:3; Gálatas 4:9).
Verso 9b: Vocês nos vêem “como morrendo e eis que vivemos”. Sim, nós morremos todos os dias. Estamos crucificados com Cristo. Alguns de nós somos aprisionados e mortos. Mas, oh, nós vivemos porque Cristo é a nossa vida agora, e ele vai nos ressuscitar dos mortos.
Verso 9c: Vocês nos vêem “como castigados, e não [estamos] mortos”. Sim, nós suportamos muitas punições humanas e muitas disciplinas divinas, mas muitas e muitas vezes Deus nos poupa da morte. E ele vai nos poupar até que a nossa obra esteja completa.
Verso 10a: Vocês nos vêem “como contristados, mas [nós estamos] sempre alegres”. Sim, estamos contristados. Há razões incontáveis para deixar nossos corações em pedaços. Mas em todas elas não paramos de nos regozijar, um dos grandes paradoxos da vida cristã!
Verso 10b: Vocês nos vêem “como pobres, mas [estamos] enriquecendo a muitos”. Sim, somos pobres da riqueza do mundo. Mas não vivemos para ficar ricos de bens, mas para fazer as pessoas ricas em Jesus.
Verso 10c: Vocês nos vêem “como nada tendo, e [estamos] possuindo tudo.” Em um sentido, nós contamos todas as coisas como perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus (Filipenses 3:8). Mas, de fato, somos filhos de Deus, e se nós somos filhos, logo, somos herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Romanos 8:17). Para todo crente Paulo diz: “Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus” (1 Coríntios 3:21-23).
Exatamente Oposto Ao Evangelho Da Prosperidade
Agora volte um passo atrás e lembre-se do que Paulo disse no verso 3: “não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado. Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo.” Ele está removendo escândalos, que são obstáculos para a fé, e recomendando a verdade e o valor do seu ministério — sua vida, sua mensagem, seu Senhor. E ele faz isso exatamente do modo oposto ao que o “evangelho da prosperidade” faz.
Qual obstáculo ele removeu? Ele removeu o obstáculo de que alguém possa pensar que Paulo está no ministério por dinheiro, ou conforto terreno e tranquilidade. Ele tem dado toda evidência possível para mostrar que ele não está no ministério pelos benefícios seculares que isso possa trazer, e nem é um cristão por causa disso. Mas há muitos pastores hoje que pensam exatamente o oposto disso. Eles pensam que ter uma casa grande, um carro de luxo e roupas caras recomenda o seu ministério. Simplesmente não era o jeito que Paulo pensava. Ele pensava que essas coisas eram obstáculos.
Atraindo A Cristo Pelas Razões Erradas
Por quê? Porque se elas fossem atrair alguém a Cristo, seria pelas razões erradas. Seria porque eles pensariam que Jesus faz as pessoas ficarem ricas e faz a vida ficar confortável e fácil. Ninguém deveria vir a Cristo por esta razão. Atrair pessoas a Cristo através de um estilo de vida próspero e uma aparência despreocupada, de oba-oba, de brincadeiras superficiais, como se isso fosse a alegria em Cristo, vai atrair certas pessoas, mas não porque Cristo seja visto em sua glória e a vida cristã esteja sendo apresentada como o caminho estreito. Muitas falsas conversões acontecem assim.
Então, como Paulo está recomendando o seu ministério — sua vida, sua mensagem, seu Senhor? Verso 4: “Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo”. Como? Por mostrar que conhecer a Cristo, ser conhecido por Cristo, ter vida eterna com Cristo é melhor do que toda a riqueza terrena, prosperidade e conforto. Recomendamos nossas vidas e ministérios pelas nossas aflições. Recomendamos nossas vidas e ministérios pelas calamidades. Recomendamos nossas vidas e ministérios pelas noites em vigília. O que isto significa? Significa que Cristo é real para nós, e que Cristo é infinitamente mais precioso, e para ser desejado mais do que qualquer riqueza ou conforto deste mundo. Esta é a nossa recomendação: quando tudo cai ao nosso redor, ele é a nossa esperança e abrigo.
Contristado — Mas Sempre Alegre
O que significa (verso 10) o fato de que parte da recomendação de Paulo ao mundo é que ele estava contristado, mas sempre alegre? Significa que o que o mundo necessita da igreja é a nossa invencível alegria em Jesus no meio do sofrimento e da aflição.
Permita-me encerrar com duas ilustrações sobre estar contristado, mas sempre alegre. Uma de Jesus e outra de Paulo.
Uma Ilustração A Partir De Jesus
Quando Jesus disse em Mateus 5:11-12: “bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus”, você pensa que é aleatório que a próxima coisa que ele disse foi “vós sois o sal da terra. . . vós sois a luz do mundo”? Eu não penso que foi aleatório. Eu penso que o gosto do sal que o mundo precisa provar e o brilho da luz que o mundo precisa ver é justamente esta alegria invencível em meio à aflição.
Alegria em meio à saúde? Alegria em meio à riqueza e tranquilidade? E quando todo mundo fala bem de você? Por que isso significaria alguma coisa para o mundo? Eles já têm isso. Mas alegria corajosa no meio da aflição — essa eles não têm. Isto é o que Jesus veio dar a este mundo caído, cheio de dores e destruído pelo pecado.
Uma Ilustração A Partir De Paulo
Ou considere a experiência da agonia de Paulo sobre a perdição de seus compatriotas judeus em Romanos 9:2-3. Lembre-se que foi Paulo quem disse em Filipenses 4:4: “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.” Mas em Romanos 9:2-3, ele escreve: “tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne.”
Não esqueça o peso terrível da palavra “contínua” no verso 2. “Tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração” porque meus compatriotas estão perecendo na incredulidade, separados do Messias. Paulo está desobedecendo seu próprio comando de regozijar-se sempre? Não. Porque ele disse em 2 Coríntios 6:10 que nós estamos contristados, mas sempre alegres.
O Que o Mundo Precisa De Nós
Não é isso o que o mundo precisa de nós? Imagine-se sentado à mesa no seu restaurante favorito com alguém que você ama muito e que não é crente. Você já compartilhou o evangelho antes e ele foi indiferente. Deus lhe dá a graça nessa hora para pleitear por ele. E também lhe dá a graça de derramar lágrimas. E você diz: “Eu quero tanto que você acredite e seja um seguidor de Jesus comigo. Eu quero que você tenha a vida eterna. Quero que estejamos juntos com Cristo para sempre. Eu quero que você compartilhe a alegria de saber que seus pecados estão perdoados e que Jesus é seu amigo. Mal posso aguentar o pensamento de perder você. Sinto como um grande peso sobre meu peito.”
Não é disso que o mundo necessita de nós? Não apenas um convite à alegria. Não apenas uma expressão dolorosa de preocupação. Mas a dor e a alegria vindo juntas de um modo que eles nunca viram algo assim. Eles nunca foram amados assim. Eles nunca viram a alegria invencível em Jesus em meio à aflição. E pela graça de Deus, isto pode ser apreciado como o sal da terra e visto como a luz do mundo.
Então, eu digo mais uma última vez: o que mundo necessita da igreja — de nós — é a nossa alegria invencível em Jesus em meio ao sofrimento e aflição.
Alegria Invencível No Sofrimento e Na Aflição
Essa era a recomendação que Paulo deu de seu ministério. Que seja a nossa recomendação de Cristo em Bethlehem. Não é por acaso que Paulo concluiu o mais grandioso capítulo da Bíblia — Romanos 8 — com palavras que são projetadas intencionalmente para sustentar a sua e a minha alegria em face do sofrimento e da perda.
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em [não em lugar de, mas sim em] todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! (Romanos 8:31-39)
Então permita que o mundo prove da sua alegria invencível no sofrimento e na aflição.