Fernandinho – Não Há Outro ft. Gabriela Gomes
8 de February de 2019Modeladas 2019 – Inabaláveis
13 de February de 2019
Em nossa última conversa falamos um pouco sobre nossa função rítmica e dei uma dica sobre como desenvolver e melhorar o controle do andamento. (Clique aqui para ler o artigo).
Hoje vamos falar um pouco sobre intensidade e sua relação com a dinâmica da música. Para isto conto com a colaboração do meu mestre neste instrumento, Pércio Sápia.
Para nos lembrarmos:
Intensidade:
Se refere à percepção da intensidade de som pelo ouvido humano, ou seja, como as pessoas ouvem o que estamos tocando, isto é, alto ou baixo, forte ou fraco. A intensidade pode sofrer muitas variações durante a execução da música para criar o que chamamos de dinâmica na música. Esta dinâmica privilegia e reforça a mensagem que deve ser transmitida. O controle da intensidade, ou volume da música, depende da maneira como o músico a executa, mesmo quando falamos de baterias microfonadas e colocadas atrás do “aquário”.
Para entendermos melhor vamos ver alguns fundamentos.
Na música existem alguns elementos fundamentais: Ritmo, harmonia, melodia e dinâmica.
Enquanto ouvimos uma música podemos distinguir todos esses elementos. Por exemplo, o piano fazendo harmonia, o saxofone fazendo a melodia, a bateria fazendo o ritmo o baixo fazendo a ligação entre o ritmo e a harmonia e assim por diante.
Quanto ao ritmo, todos os instrumentos podem fazer. A harmonia só aqueles que podem tocar duas ou mais notas ao mesmo tempo. A melodia, todos os que fazem harmonia e mais aqueles que podem fazer uma nota de cada vez.
Fica claro que cada um tem sua função bem definida em um arranjo. Tendo feito cada um a sua parte, parece que a música está pronta. Não é bem assim, temos o forte e fraco, lento e rápido, agudo e grave. A isto chamamos de dinâmica, ou aquilo que dá a “cor” à música.
Muitos músicos tem a capacidade de demonstrar sua emoção enquanto tocam, através da intensidade de execução ou dos seus solos. Entretanto, ser intenso não significa tocar mil notas por segundo, e sim tocar com o “coração”. Sentir aquilo que se toca e como se toca, é um estágio que deve ser atingido com paciência.
Mesmo estudando muito, às vezes, não se tem a inspiração necessária para demonstrar aquilo que se sente. Entrar em sintonia com Deus e Sua Palavra, com a música, com os outros músicos, com os ouvintes, com o instrumento e o local, é um dos passos para se conseguir usar este elemento tão precioso.
Para quem está começando os estudos, é muito importante seguir as recomendações dos professores e métodos quanto aos sinais da dinâmica.
Na bateria temos graves e agudos, do muito fraco ao muito forte além dos acentos, que são notas específicas que devem ser tocadas de forma que se destaquem entre as outras.
Alguns elementos contribuem para o controle e domínio da dinâmica como, por exemplo, tipos de baquetas que nos dão a possibilidade de aliviar o volume ou aumentá-lo. As baquetas devem ser escolhidas levando-se em conta o estilo de música, a mensagem que ela deve transmitir, o tipo de ouvinte (jovem, adolescente, criança, adultos, idosos ou até um público mesclado) e a motivação que desejamos provocar nele.
Nós fazemos parte de um todo, e toda nossa qualidade musical deve servir de inspiração para que nossos ouvintes experimentem uma vida melhor em Deus.
Esperamos que todos estejam no caminho da música com sensibilidade!