A culpa e a Identidade – Andreia Magnino
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O amor verdadeiro produz obras verdadeiras, não fica apenas no discurso ou na intenção. O amor verdadeiro não tem medida, ele faz transbordar de bondade aquele que permite a sua ação. A primeira ação do amor é fazer a pessoa ver a necessidade do outro como um desafio pessoal. Até este nível o amor verdadeiro ainda pode ser impedido de concluir a sua obra, basta não dar o outro passo. O passo mais difícil, já que ver a necessidade não dá nenhum trabalho. O passo seguinte é ir até o necessitado, se inclinar e ajudar. Ver a necessidade tem o seu mérito, mas é preciso continuar no caminho do amor e compartilhar o que se tem.
O falso amor é seletivo, só estende a mão quando pode receber algo em contrapartida. Além é claro, de usar sua eloquência com falsos argumentos para justificar seu convencionalismo.
É um erro grave minimizarmos a negligência em não nos importar com o outro. Jesus explica o que separa os bodes das ovelhas, veja isso em Mateus 25: 31:46. Os bodes v. 32 ou malditos v.41, são os que O viram com fome e sede e nada deram para beber ou comer. E também vendo-O necessitado, enfermo não ofereceu cuidado, ou prisioneiro não foi visitá-lO. Além de negar auxílio e hospedagem quando Ele era estrangeiro. Jesus diz que “com toda certeza vos asseguro que, sempre que o deixastes de fazer para algum destes irmãos, mesmo que ao menor deles, a mim o deixaste de fazer v 45.”
Não precisamos de uma grande organização para ajudar o outro, nem tampouco de muito dinheiro para socorrer alguém. Apenas com três passos podemos fazer algo bom que agrade ao Senhor e sejamos dignos de sermos Suas ovelhas.
Olhe ao seu redor
Em nossa visão focada, aquela que olhamos para frente, há o caminho que abraçamos em direção àquilo que escolhemos seguir. Existem pessoas que são derrubadas por muitas questões variáveis e ficam pelo caminho. Por vezes não queremos perder nossa velocidade e parar com o objetivo de ajudar. Atualmente o mecanismo social cobra de nós batermos metas, conquistar, vencer, ultrapassar limites e para isso nós não devemos permitir que sentimentos nos dominem. Um mal que nos torna indiferentes às pessoas próximas. Vemos alguém precisando se levantar, mas pensamos o quanto isso vai nos custar, o quanto vai nos retardar em nossa caminhada. Eu já ouvi de pessoas as estratégias que adotavam para não se envolverem com outros irmãos. O irmão Francisco me dizia que sempre estava de cara feia para ninguém pedir dinheiro para ele. Eu até ri, pois nem dinheiro ele tinha. O José não queria amizade com o mesmo objetivo, esse era classe média. O irmão Jonas, esse fazia coleção de escrituras herdadas do pai, tentava viver com o que ganhava no seu escritório, ficava reclamando que não tinha salário para ajudar seus irmãos. É lamentável que cristãos se comportem assim.
Nem toda ajuda é apenas financeira, há tantos casos de familiares que podendo ajudar com tempo, um espaço em casa, com perdão, mantimentos e outros itens, mas escolhem fechar os seus corações. Podemos fazer muito apenas olhando para o nosso redor e dando o que temos nas mãos.
Ame com o que tem em suas mãos
Uma vez um amigo, sem Cristo no coração, me disse: “Algumas pessoas sentadas nas suas cadeiras falam que se tivessem dinheiro poderiam ajudar muita gente. Ao ouvirem isto as pessoas que estão de pé pedem para deixarem sentar um pouquinho para descansar. Mas as que estão sentadas dizem que não podem fazer nada, pois são as únicas cadeiras que tem.” Eu, entendi que ele falava de nós, os crentes. Será que ele tinha razão?
Às vezes queremos fazer algo tão grande e perdemos de fazer aquelas que estão ao nosso alcance realizar. Tudo o que você tem pode ajudar alguém próximo a você. Para começar é preciso exercitar com pequenas atitudes constantes. Todo mês ajude alguém com algo que se possa compartilhar, constantemente, faça disso um hábito. Ajude com sua presença, com sua oração, com uma visita, com uma música, com uma mensagem.
Faça isso por um tempo pré-determinado, três meses ou mais ou menos. Após este período você dará o passo seguinte que é se envolver em outro nível.
Primeiro, olhe e veja a necessidade.
Segundo, exercite constantemente com uma atitude solidária, com o que você tem em mãos e por um tempo.
Terceiro, aumente seu envolvimento com alguma coisa que lhe custe algo.
Deixe as pessoas verem suas obras
O exemplo arrasta mais que palavras, você já ouviu isto, ao nosso redor está cheio de oportunidades para desenvolvermos nossos dons, principalmente a hospitalidade. Certa vez um casal muito querido passava por um momento difícil, a esposa estava na antessala da depressão, sentíamos que seria algo profundo. Conversamos em casa como poderíamos ajudar e decidimos convidá-los a morar conosco até passar aquela tempestade. Foi um tempo de apoio e socorro muito bom para eles. Fizemos isso com outras pessoas para amparar, não tínhamos recursos para sustentar outros casais, seria bom se tivéssemos, mas podíamos compartilhar com o que já estava em nossas mãos. Aproveitávamos e orientávamos que no futuro, um dia, eles também pudessem fazer o mesmo por outros casais. Não comentávamos isso para nos gabar, o objetivo era fazer com que outros da igreja reproduzissem o acolhimento e a hospitalidade. Quando você fizer algo bom deixe as pessoas verem, isso influencia as pessoas imitarem o amor ao outro.
O amor faz ao outro o que ele espera que o outro faça também a ele. Um referencial para sabermos quando o que estamos oferecendo é o amor autêntico ou um apenas um falso amor. O amor transborda de todas as maneiras, ele, o amor verdadeiro ultrapassa limites.
Por: Ricardo Corrêa
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